- - Alô, Sô Carlos? Aqui é o Uóshito, casêro do sítio.
- - Pois não, Seu Washington. Que posso fazer pelo senhor? Houve algum problema?
- - Ah, eu só tô ligano para visá pro sinhô qui o seu papagai morreu.
- - Meu papagaio? Aquele que ganhou o concurso?
- - Êle mermo.
- - Puxa! Que desgraça! Gastei uma pequena fortuna com aquele bicho! Mas morreu de que?
- - Dicumê carne istragada.
- - Carne estragada? Quem fez essa maldade? Quem deu carne para ele?
- - Ninguém. Ele cumeu a carne dum dos cavalos morto.
- - Cavalo morto? Que cavalo morto, seu Washington?
- - Aquele puro-sangue qui o sinhô tinha! Eles morrero de tanto puxá carroça dágua!
- - Tá louco? Que carroça d'água?
- - Prapagá o incêndio!
- - Mas que incêndio, meu Deus?
- - Na sua casa, uma vela caiu, aí pegô fogo nascurtina!
- - Caramba, mas aí tem luz elétrica! Que vela era essa?
- - Do velório!
- - De quem?
- - Da sua mãe! Ela apareceu aqui sem avisá e eu dei um tiro nela pensando que era ladrão!
- - Meu Deus, que tragédia! - e o homem começa a chorar.
- - Peraí sô Carlos, o sinhô num vai chorá pur causa dum papagai, vai?
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Aprenda a dar uma má notícia
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Um comentário:
muito bom!!!! dei muitas gargalhadas
lendo, muito engraçada e olha que eu estava deprê... pensando em coisas que eu não deveria pensar obrigada querida por ,sem querer, e sem saber,me fazer sorrir....agora vc já sabe rsrsrs
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